MAPFRE
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CORPORATIVO | 07.24.2020

No primeiro semestre, o lucro da MAPFRE ficou em 271 milhões de euros devido à COVID-19

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CLAVES DEL PRIMER SEMESTRE

  • O custo dos sinistros derivados diretamente da COVID-19 supera os 153 milhões de euros.
  • Resiliência das unidades de seguro, cujo lucro cresceu 12,7% até 429 milhões de euros.
  • A receita do Grupo chegou a 13,277 bilhões de euros (-11,8%) e os prêmios se aproximam dos 11 bilhões (-12,3%) em um cenário de paralisação da economia mundial.
  • Espanha (218 milhões de euros), Estados Unidos (66 milhões) e Brasil (60 milhões) são países que mais contribuem para o lucro do Grupo.
  • Autônomos e PMEs na Espanha foram beneficiadas com mais de 55 milhões de euros em descontos nos seguros para enfrentar as consequências do coronavírus.
  • A taxa de solvência foi de 177,2% em março.

O lucro também esteve condicionado a essa situação e o resultado do Grupo no fechamento de junho ficou em 271 milhões de euros – 27,7% inferior ao obtido entre janeiro e junho do ano anterior. O resultado está fortemente impactado pelos sinistros da COVID-19 registrados na Unidade de Resseguro, cujos custos aumentaram em 87 milhões de euros brutos, assim como pelos terremotos em Porto Rico (83 milhões brutos) e a tempestade Glória na Espanha (22 milhões brutos). Estima-se que o efeito da COVID-19 nas unidades de seguro seja neutro para a MAPFRE, com a diminuição da frequência dos sinistros de Automóveis, o que compensa os sinistros diretos em Mortes e Saúde, principalmente.

Desde o início da crise, a MAPFRE vem mobilizando recursos e adotado medidas para garantir tanto a proteção de seus funcionários como para assegurar a continuidade do negócio, (destinando 24 milhões de euros para isso), mas ainda não é possível conhecer o alcance real da crise. Apesar disso, o forte balanço da MAPFRE, seus altos níveis de capital e solvência, sua posição de liquidez e disponibilidade de financiamento adicional permitem antecipar que o impacto será limitado para o Grupo.

A taxa combinada do Grupo ao fim de junho ficou em 96,7% (+0,8 ponto percentual em relação ao ano anterior), e melhorou significativamente em relação a março deste ano. É importante destacar que a quarentena pela crise da COVID-19 resultou em uma redução de sinistros de Automóveis em todos os países, apesar de que em outros ramos, como saúde e morte na Espanha, aumentaram. O resseguro foi a linha de negócio mais afetada pelos sinistros relacionados à COVID-19, com um impacto líquido atribuído no negócio de 57 milhões, dos quais 50 milhões correspondem à cobertura de interrupção de negócios e o resto ao ramo de créditos.

O patrimônio líquido do Grupo ficou em 9,542 bilhões de euros, 5,6% a menos do que em dezembro de 2019, enquanto os fundos próprios aumentaram em 8,342 bilhões de euros, 5,8% a menos do que em dezembro do ano passado. Já os ativos totais ficaram em 70,171 bilhões de euros, 3,2% a menos do que no fechamento de 2019, como consequência da queda dos mercados de ações, da desvalorização das moedas e da redução da atividade.

Em relação aos investimentos do Grupo, ao fim do semestre o resultado foi de 51,35 bilhões de euros, 4,1% a menos do que em dezembro de 2019. A maioria desses investimentos, 55,3% (28,401 bilhões), corresponde à dívida pública, enquanto 18,5% (9,482 bilhões) estão em renda fixa corporativa e 4,8% (2,454 bilhões) em renda variável.

A taxa de solvência em março de 2020 ficou em 177,2%, com 85,5% de capital de máxima qualidade (nível 1), destacando a solidez e a resiliência do Grupo, e sua capacidade de uma gestão contínua. Esses níveis se mantêm em um patamar de tolerância marcado pelo Conselho de Administração, que vai permitir à MAPFRE enfrentar essa situação e adotar as medidas necessárias para reduzir as consequências da crise.

 

Evolução do negócio

Os prêmios da Unidade de Seguros entre janeiro e junho deste ano chegaram a 9,095 bilhões de euros, uma cifra que representa 14,4% a menos em relação ao mesmo período do ano anterior, consequência fundamentalmente da paralisação da economia mundial por causa da crise da COVID-19. O lucro das unidades de seguro, no entanto, registrou um aumento de 12,7%, até 429 milhões de euros, demonstrando a resiliência do negócio principal do Grupo. A taxa combinada da unidade de seguros ficou em 93,8%.

  • Os prêmios da Área Regional Ibéria (Espanha e Portugal) nos seis primeiros meses aumentaram em 3,978 bilhões de euros, 8,3% a menos que no primeiro semestre do ano anterior. Em relação ao lucro, a Espanha continua sendo o motor do Grupo, contribuindo com 218 milhões de euros para o resultado.

É importante destacar que foram adotadas diferentes medidas de apoio aos clientes, para que estes pudessem enfrentar a situação criada pela COVID-19, e que os descontos realizados nos seguros de autônomos e PME na Espanha no mês de junho já superam os 55 milhões de euros.

O negócio de seguros na Espanha também registrou uma redução de 8%, com os prêmios em 3,911 bilhões de euros. No ramo de Automóveis, os prêmios sofreram uma redução de 5,8% (até 1,086 bilhões de euros), produzindo também uma importante queda na taxa combinada (12,1 pontos percentuais) até 81%, consequência direta da quarentena e da ausência da atividade econômica.

Entretanto no negócio de Lar, houve um crescimento acumulado até junho de 4% e de 8% no caso de Comunidades. Além disso, os ramos de empresas registram um aumento dos prêmios de 14,3% no primeiro semestre deste ano.

Em Saúde e Acidentes, manteve-se um bom ritmo de crescimento, com um volume de prêmios de 618 milhões de euros, ou 4,6% a mais.

Os prêmios de MAPFRE VIDA, ficaram, no fechamento de junho, em 911 milhões de euros (-30,8%), influenciados pelo ambiente de baixas taxas de juros, o que dificultou a venda de produto Vida-Poupança, e uma menor emissão do negócio de bancasseguros. Destaca-se a boa evolução dos produtos de Vida Risco, que cresceram 4,2%. O patrimônio dos fundos de aposentadoria diminuiu para 2,7%, até 5,331 bilhões de euros, enquanto os fundos de investimento e outros ficaram em 3,462 bilhões, 3,8% a menos que no fechamento de dezembro do ano passado.

  • Os prêmios da Área Regional Brasil ficaram em 1,612 bilhões de euros, 21,6% a menos que no mesmo período do ano anterior. Porém, na moeda local o negócio se manteve estável. O lucro líquido dessa área regional aumentou 23,4% (em até 60 milhões de euros), com uma melhora significativa de quase 3 pontos percentuais de taxa combinada, que ficou em 88,8%, influenciada por uma redução dos sinistros de junho no ramo de Automóveis e seguros agrários, apesar de ter aumentado em outros, como riscos simples e industriais. É importante destacar a boa evolução do resultado do negócio de Automóveis, que fechou o semestre com um lucro de 5,7 milhões de euros, diante das perdas de 10 milhões em junho de 2019.

 

  • O negócio da Área Regional Latam Norte diminuiu 29,2%, em 887 milhões de euros em prêmios. Essa queda ocorre pela renovação da apólice plurianual da Pemex, que aconteceu em junho de 2019. Sem essa questão, os prêmios da região teriam crescido 9,9%. Além disso, é importante destacar a boa evolução do lucro dessa área regional, com um crescimento de 50,8%, em 44 milhões de euros, e uma melhora da taxa combinada superior a 5 pontos percentuais, até 87,8%.

No México, os prêmios chegaram a 450 milhões de euros, com um decréscimo de 51,9%, destacando a evolução do negócio de Vida-Poupança (+48,3%). O lucro do negócio no país cresceu em junho 45,4% (21 milhões de euros).

Ademais, a República Dominicana duplicou seu volume de negócio, por volta de 175 milhões de euros, impulsionada pela incorporação do negócio de saúde de Ars Palic, e o Panamá registrou um crescimento de prêmios de 20,3% (124 milhões).

  • No fechamento de junho deste ano, os prêmios da Área Regional Latam Sul ficaram em 727 milhões de euros, 10% a menos, em consequência da desvalorização das principais divisas da região: peso colombiano (11,4%), peso chileno (16,2%) e peso argentino (39%). Na verdade, a emissão em moeda local cresce em cifras superiores a 20% na maioria dos países. O lucro dessa área regional cresceu 6,4%, chegando a 27 milhões de euros, melhorando também sua taxa combinada em quase 2 pontos percentuais, para 93,9%.

É importante destacar a boa evolução do Peru, que apesar de reduzir seus prêmios em 11,5%, aos 253 milhões de euros, continua sendo o país da região que mais contribui para o lucro do Grupo: 10 milhões de euros.

  • Na Área Regional América do Norte, os prêmios chegaram a 1,116 bilhão de euros (-8,2%), com um resultado atribuível de 53 milhões, 16,8% superior ao mesmo período do ano passado. Já a taxa combinada também melhorou chegando a 99,1%.

Nos Estados Unidos, onde os sinistros do ramo de Automóveis caíram de maneira significativa no mês de junho, os prêmios diminuíram 10,1%, chegando a 897 milhões de euros, fruto tanto das medidas de quarentena como da saída de alguns estados ocorrida em 2019. A evolução do resultado permanece positiva, ao aumentar o lucro em 87,2%, em 66 milhões de euros.

Em Porto Rico, o negócio manteve-se estável durante os seis primeiros meses do ano, com um volume de prêmios de 219 milhões de euros. O resultado é negativo como consequência dos dois terremotos que acometeram a região na primeira metade do ano, cujo impacto líquido ao negócio de seguros chega a 26 milhões de euros.

  • Os prêmios da Área Regional Eurásia se situaram em 776 milhões de euros (-18,4%). Além da paralisação da economia por conta da COVID-19, a forte desvalorização da lira turca (12,6%) também impactou consideravelmente a evolução da região. Essa área regional voltou a registrar lucro, com um resultado de 23 milhões de euros, e uma significativa melhora da taxa combinada, próxima a 11 pontos percentuais, situando-se em 97,1%.

Na Turquia, os prêmios foram de 182 milhões de euros (-24,3%) e o lucro chega a 14 milhões (frente às perdas de 3 milhões do ano passado). Na Alemanha os prêmios cresceram 3%, chegando a 215 milhões, e os da Itália (primeiro país europeu afetado significativamente pela COVID-19) ficaram em 181 milhões (-31,7%).

No fechamento do primeiro semestre deste ano, os prêmios da Unidade de Resseguro foram de 2,123 bilhões de euros (-5,1%) com um resultado negativo de 48 milhões em consequência do custo dos sinistros derivados da COVID-19 (57 milhões de euros), dos terremotos em Porto Rico e dos efeitos da tempestade Glória na Espanha.

Já os prêmios de MAPFRE GLOBAL RISKS subiram um 38,8%, chegando a 787 milhões de euros. Seu resultado é negativo (4 milhões de euros), influenciado pelo impacto (9 milhões líquido) dos terremotos em Porto Rico.

Por último, os lucros da unidade de Assistência foram diminuíram 22,4%, ou 386 milhões de euros. O resultado (-13 milhões de euros) é influenciado pelos sinistros da cobertura de cancelamento de viagens, cujo custo supera os 18 milhões de euros.

 

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As Medidas Alternativas de Rendimento (MAR), utilizadas no relatório, que correspondem às medidas financeiras não definidas e não detalhadas no contexto das informações financeiras aplicáveis. Sua definição e cálculo podem ser consultadas diretamente no link: https://www.mapfre.com/corporativo-es/accionistas-inversores/informacion-financiera/medidas-alternativas-rendimiento/

Mais informações em https://noticias.mapfre.com/

Madri, 24 de julho de 2020. Para mais informações, entre em contato com a Diretoria Corporativa de Comunicação da MAPFRE (telefones +34 91 581 91 68 ou +34 91 581 87 14), e-mail juanfrances@mapfre.com; joaquinhernandez@mapfre.com;