CORPORATIVO | 19.05.2021
Huertas no Congresso CEAPI: “A Ibero-América é o espaço natural para nós”.
Ele explicou que, em comparação a mercados mais maduros, onde a indústria de seguros tem menos o que resolver, a América Latina oferece muitas oportunidades.
“Somos a atividade mais solidária: onde há necessidades, há seguro”, explicou.
O presidente do MAPFRE participou ontem de uma mesa redonda de alto nível organizada dentro do IV Congresso Ibero-americano CEAPI moderada pelo jornalista e escritor Juan Luis Cebrián, presidente de honra do El País, onde compartilhou sua visão sobre o potencial pós-pandemia da América Latina. Estiveram ao seu lado Rebeca Grynspan, Secretaria Geral ibero-americana, e Enrique Iglesias, presidente de honra da CEAPI, na presença de sua Majestade o Rei Felipe VI, do ministro da justiça e do prefeito de Madri, entre outras personalidades.
A partir de suas responsabilidades e experiências, refletiram sobre como promover uma transformação decisiva e corajosa nessa comunidade, e todos concordaram em destacar as oportunidades que os 22 países apresentam, além dos valores e laços culturais, sociais e econômicos que compartilham.
Para Antonio Huertas, esse espaço confortável é sinônimo de lar. “Todos nós queremos que a nossa casa seja confortável, bonita e cheia de pessoas que queremos por perto. Isso é a Ibero-América. Se além disso pudermos desenvolver negócios e crescer economicamente, muito melhor.
Ele defendeu novamente o incentivo às instituições e à colaboração público-privada. “É mais necessário do que nunca, mas em um nível supranacional”, afirmou. “A resolução dos problemas exige que os Estados e os governos façam seu papel”.
Sua participação foi na maior parte focada em educação. “Temos mais alcance do que nunca para garantir uma ascensão social. Nunca tivemos tantos meios, mas temos de garantir que sejam construídas pontes adequadas para aproveitarmos as capacidades”, afirmou. Admitiu que muitas pessoas foram deixadas para trás devido à crise financeira da última década. Disse, então, em relação às gerações mais jovens: “e agora não deveríamos voltar impedir seu desenvolvimento”. O que faremos se não fornecermos a eles um elo para substituir as gerações que estão de saída?
Estamos vendo a diferença entre as necessidades das empresas e a educação regulamentada. Com a digitalização, o compartilhamento de conhecimentos e uma maior competitividade, temos terreno fértil, mas continuamos a educar as pessoas como no século XVI. Em muitos países da Ibero-América, devido à pandemia, muitas crianças foram para casa com grandes problemas. “Esperamos que a educação sirva como motor econômico e ensine como ser um bom cidadão, sem corrupção, é o que importa para a cidadania corporativa e para o progresso. É do que precisamos”, continuou.
Antonio Huertas falou da família, que é onde deve surgir a educação quanto a valores, de educação e, é claro, de trabalho. “Precisamos de referências morais, pessoas que nos ensinem o que fazer, o que é certo e o que não é”. Ele admitiu que o ambiente profissional apresenta situações cotidianas que testam a confiança de muitas pessoas. “A educação é fundamental para reduzir a corrupção”.