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CORPORATIVO | 07.06.2024

Conflitos geopolíticos, populismo e um ambiente regulatório cada vez mais complexo, são os principais riscos para os seguros na LATAM

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O presidente da MAPFRE, Antonio Huertas, defendeu a colaboração público-privada e o papel que o setor de seguros pode desempenhar diante dos desafios do Sul global, especialmente na América Latina, na Assembleia da Associação de Genebra.

Na Assembleia da Associação de Genebra (GA), a associação global de seguradoras, realizada em Kyoto (Japão), Huertas falou no painel “Uma nova ordem econômica mundial: a possibilidade emergente”. Nesse fórum, o presidente da MAPFRE apresentou os principais desafios e oportunidades para as seguradoras nos mercados emergentes, especialmente na América Latina, onde a MAPFRE é a principal empresa multinacional.

De acordo com Antonio Huertas, essas regiões enfrentam três grandes riscos que podem condicionar sua evolução. O primeiro são os conflitos geopolíticos, que, entre outros efeitos sociais, desestabilizam as economias e o comércio mundial. O segundo é o populismo, impulsionado pelas desigualdades sociais, que acaba gerando medidas protecionistas que enfraquecem a integração internacional desses mercados. Em terceiro lugar, e derivado do anterior, Huertas se referiu ao risco de fragmentação regulatória, que produzirá um ambiente regulatório cada vez mais complexo para o setor, gerando mais encargos administrativos devido à conformidade, o que acabará prejudicando a competitividade das empresas globais.

Apesar disso, Huertas disse que há bons motivos para se estar otimista em relação ao futuro econômico dos países emergentes, como políticas monetárias geralmente bem direcionadas, inflação próxima das metas estabelecidas por suas autoridades e condições financeiras que estão melhorando sistematicamente.

 

Los conflictos geopolíticos, el populismo y un entorno normativo cada vez más complejo los principales riesgos del Seguro en LATAM

Além disso, Huertas destacou que há três grandes tendências que marcarão o futuro das questões econômicas nesses países, nas quais o seguro pode desempenhar um papel importante. Por um lado, o aumento da dívida pública motivado por impulsos de crescimento, um investimento que ainda não foi transferido para o PIB dos países emergentes. Soma-se a isso a baixa poupança privada bruta, que é de 20% na América Latina, uma taxa que ainda é insuficiente para financiar investimentos e infraestruturas, e um espaço para o crescimento do seguro. E, por fim, o envelhecimento que está marcando a evolução demográfica desses países, o que pode gerar problemas no sistema previdenciário e no gerenciamento da dependência se não forem feitas reformas rápidas na poupança e nos sistemas públicos para lidar com essa realidade, o que também pode acabar gerando tensões políticas e sociais adicionais.

O presidente da MAPFRE disse que, nesse contexto, as seguradoras têm a capacidade de contribuir para a resiliência da sociedade, um papel para o qual ele pediu colaboração com os formuladores de políticas. “Por meio de nosso trabalho social, devemos continuar a ajudar essas economias a reduzir as lacunas de investimento e proteção, concentrando-nos em apoiar os objetivos sociais e a igualdade de condições entre as empresas”, concluiu.