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SUSTENTABILIDADE| 15.09.2023

Proteger os oceanos é tarefa de todos

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Os mares e oceanos representam 70% da superfície terrestre e são o lar de mais de 90% da biodiversidade. Sendo a água salgada um dos elementos mais importantes da Terra, não cuidamos dela o suficiente e este ecossistema está ficando cada vez mais fraco.

O primeiro passo para proteger é conhecer os maiores perigos aos quais os oceanos estão expostos para poder conscientizar-nos do impacto que têm e solucioná-los. 

  1. Mudança climática

O oceano é um dos grandes afetados pela mudança climática do planeta, já que é um dos agentes mais importantes na regulação da temperatura ambiental. A grande quantidade de CO2 que geramos é a principal causa de aumento do aquecimento global, que provoca um aumento do degelo e geleiras destruídas que, por sua vez, provocam um crescimento do nível do mar. 

O oceano também é um grande absorvente de CO2, limpa cerca de 30% do ar que respiramos, mas quanto mais carbono absorve, menos PH têm suas águas, o que é conhecido como um aumento de acidez destas. Isto provoca um efeito de recuperação prejudicial para seu próprio ecossistema marinho, limitando a reprodução e criação de espécies, principalmente calcificadores (corais, caracóis, etc.) entre outros. 

  1. Poluição e resíduos sólidos

40% dos oceanos está poluído. Podemos encontrar desde descargas de combustíveis, petróleo e fertilizantes, até pesticidas e resíduos sólidos que enchem as águas de poluição e lixo.

A maioria dos resíduos terrestres que produzimos acabam chegando aos mares e oceanos. Especialmente, o plástico, que significa aproximadamente 80% de poluição marinha, com cerca de 13 milhões de toneladas anuais.

A Grande Mancha de lixo do Pacífico é uma extensão de centenas de milhares de quilômetros quadrados formada por microfragmentos de plásticos e outros resíduos sólidos. Uma verdadeira ilha ou continente do tamanho de vários países que flutua no oceano degradando o ecossistema. E não é a única, já que mais recentemente se descobriu a formação de uma similar no Atlântico Norte. 

  1. Destruição do habitat de milhões de espécies

As constantes ameaças que o ambiente marinho enfrenta estão provocando danos irreversíveis em seu ecossistema.

O caso mais conhecido é a destruição de corais, já que 20% deles já foram perdidos e, segundo os especialistas, outros 20% deles se encontram em grave perigo de extinção e já não têm possibilidade de se recuperar. 

  1. Pesca excessiva

A pesca tornou-se uma grave ameaça para a saúde marítima e é que a pesca ilegal e em massa do último século fez com que não houvesse peixes suficientes para abastecer todos os pescadores.

Atualmente, segundo estudos da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), 60% das reservas de peixes estão superexploradas e outras 30% são insustentáveis. 

  1. Falta de ação governamental

Apesar de mais de dois terços da superfície terrestre pertencer aos oceanos, menos de 5% está legalmente protegido.

A ausência de distribuição do território entre países faz com que grande parte dos oceanos se declarem águas internacionais e, portanto, não tenham uma proteção específica. O avanço neste sentido é lento e trabalhoso.

Em 2015 foi aprovado, dentro da Agenda 2013, o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 14 e Vida Submarina, estabelecido pelas Nações Unidas. Este aborda temas como a proteção de ecossistemas marinhos, a redução da poluição, a pesca sustentável, a acidificação dos oceanos, além de promover a pesquisa científica neste campo.

Mas não foi até este ano que foi aprovado, após vários anos de enfoque, o Tratado dos Oceanos, um acordo da ONU no qual mais de 200 países participaram para proteger pelo menos 30% dos oceanos até 2030.

Como as empresas podem contribuir para a preservação dos oceanos?

As empresas têm um papel importante na conservação dos ecossistemas. Devem cumprir sempre com as leis e regulamentações locais e internacionais relacionadas com a conservação dos oceanos e dos recursos marinhos. Isto dependerá do exercício empresarial de cada uma e de sua localização e pode incluir a proibição da pesca ilegal, a gestão adequada dos resíduos marinhos ou o cumprimento de padrões de qualidade da água, entre outras normativas.

Mas, além do estrito cumprimento das leis e regulamentações locais e internacionais, existem muitas outras ações que as empresas podem realizar para conscientizar e proteger:

  • Fomentar a inovação e a pesquisa para o desenvolvimento de tecnologias limpas, e a promoção da aquicultura sustentável que sejam mais respeitosas com o meio ambiente.
  • Apoiar projetos e organizações dedicadas à conservação marinha com financiamento, voluntários ou recursos técnicos para apoiar iniciativas que promovam a sustentabilidade marinha.
  • Conscientizar e educar a seus funcionários, clientes e comunidades sobre a importância de proteger os oceanos com oficinas ou eventos relacionados com a conservação marinha. Cuidar dos nossos mares é realizar ações que podemos realizar no nosso dia a dia, e ainda mais no verão:
    • Reduza seu consumo de plástico: O plástico é um dos principais poluentes dos mares e oceanos, especialmente os plásticos de uso único. Substituir bolsas e garrafas de plástico por bolsas de tecido e garrafas reutilizáveis é uma grande opção para cuidar do meio ambiente, além de ser uma alternativa econômica.
    • Evite usar produtos químicos que danificam o ecossistema marinho: na hora de escolher seu protetor solar, evite sempre os aerossóis e os cremes que não estejam rotulados como “amigos do oceano” ou similar. Este tipo de produto químico é extremamente prejudicial para corais e outros organismos marinhos.
    • Turismo responsável: Se for realizar atividades aquáticas como mergulho, navegação ou snorkel, escolha sempre operadores turísticos que respeitem as regulamentações locais e promovam práticas respeitosas
    • Apoie as empresas que cuidam do meio ambiente: Cada vez mais há empresas que trabalham para proteger mares e oceanos. Apoiá-las e reconhecer seu trabalho e responsabilidade é uma boa maneira de promover a ação responsável por parte das empresas.
    • Consuma marisco e peixe sustentável: O mar não são apenas suas águas, mas os milhões de organismos que nele habitam. Se você gosta de peixe e mariscos, procure sempre opções sustentáveis e certificadas que garantam uma pesca e aquicultura responsável e contribua para evitar a superexploração de espécies.
  • Medir e informar o impacto realizando relatórios regulares sobre suas ações e progresso na conservação marinha, o que permite uma maior transparência e responsabilidade.

Como contribuímos na MAPFRE?

Em 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas estabeleceu os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, entre eles se encontra o Objetivo 14 “Conservar e utilizar de forma sustentável os oceanos, os mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável“. Em prol do cumprimento deste ODS, a MAPFRE adere ao pacto pela Biodiversidade para impulsionar o desenvolvimento econômico compatível com a conservação da biodiversidade, bem como com a declaração da Oceana promovida pelas Nações Unidas para acabar com a pesca ilegal. Além disso, a MAPFRE também colabora com as campanhas de WWF “Por mares e costas saudáveis” e “Nem um grau a mais” 

Na MAPFRE patrocinamos a Copa del Rey de Vela, que mede e compensa a pegada de carbono, realizando oficinas e jornadas de educação ambiental entre os participantes. Além disso, contamos com um barco que funciona com energia solar e que impulsiona a saúde do Mar Mediterrâneo.

Em 2022, realizamos atuações de reflorestamento e limpeza de áreas naturais através do voluntariado empresarial na Argentina, Brasil, Costa Rica, El Salvador, Espanha, EUA, México, Portugal, Porto Rico e Venezuela.

 

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