SUSTENABILIDADE| 10.02.2023
O importante papel das mulheres na ciência, tecnologia, engenharia e matemática
Marie Curie foi a primeira vencedora de um Prêmio Nobel em 1903 e, desde então, só 16 mulheres conseguiram um em matéria científica frente aos 572 que os homens ganharam. De fato, a UNESCO determina que só 28% das pesquisadoras na STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics) de todo o mundo são mulheres devido à discriminação, às tendências, e aos pensamentos enraizados em muitas sociedades. Entre outras razões, por isso no ponto 5 dos Objetivos de Sustentabilidade marcados pela Agenda 2030 das Nações Unidas contempla-se “Conseguir a igualdade entre os gêneros e empoderar todas as mulheres e meninas”.
Atualmente, graças a nossas políticas em diversidade e igualdade de oportunidades, 32,7% das mulheres que trabalham na MAPFRE ocupam postos STEM em TI. Hoje, no Dia Internacional da Mulher e Menina na Ciência, tornamos protagonistas a nossas colegas destas disciplinas. Elas nos darão sua visão sobre o importante papel que têm na MAPFRE, assim como na sociedade, e como foi sua trajetória até chegar onde estão agora.
Mulheres de disciplinas STEM na MAPFRE
Thaysa Fernanda Elias é analista sênior em Tarifas e Modelos da Área Atuarial da MAPFRE Brasil Inspirada por sua mãe, seu maior apoio, e por uma professora de matemática com uma paciência infinita que a fez se apaixonar pelas ciências exatas, já desde pequena soube que estudaria matemática. Apesar dos obstáculos que encontrou no caminho quando decidiu estudar matemática em um país que subestimava esta ciência, conseguiu se graduar e posteriormente complementar seu conhecimento com um MBA em Data Science & Analytics.
Patricia Gómez Raña é chefe de Data & Analytics na Área de Transformação da MAPFRE Espanha. Patricia é filha de pais com perfis STEM, de fato, sua mãe decidiu estudar enfermaria de idosos, enquanto criava seus dois filhos, por que sempre foi sua referência de valentia, “era um trabalho titânico que merece ser reconhecido” conta Patrícia.
Quando chegou o momento de escolher o seu estudo, quis seguir o caminho de suas referências, seus pais, e escolheu estudar telecomunicações, uma carreira de que cada dia gosta mais porque viu a grande utilidade que tem em um mundo tão tecnológico e hiperconectado como o que nos encontramos.
Elena Mora González é a diretora de Privacidade e Proteção do Dado na Diretoria Corporativa de Segurança da MAPFRE Espanha. Inspirada por tudo o que conseguiu, Marie Curie, apesar de pertencer a uma época em que o papel da mulher, infelizmente, ficava relegado a um segundo plano, decidiu seguir seus passos e estudar o que a apaixonava, sua disciplina favorita: a matemática.
Kristine Zenaro é a manager de Serviços de Aplicativos TI da MAPFRE Estados Unidos. Formou-se e foi crescendo, já entrou no setor segurador e tomou como referência a suas próprias managers, que a inspiraram a seguir estudando TI até chegar a seu posto atual.
Obstáculos em sua trajetória e a barreira do teto de vidro
Thaysa, Patrícia e Elena coincidem já que tiveram de superar alguns desafios que não viram refletidos em seus colegas. O exemplo mais claro é o de conciliar a maternidade com uma profissão que requer muita dedicação. No entanto, as três sentem-se sortudas de trabalhar com suas equipes, a maioria paritárias, que as ajudaram a seguir avançando e subir posições, além de ganhar amigos e amigas para toda a vida.
“Ainda há determinados estereótipos na sociedade que é preciso ir vencendo e muitas vezes somos nós mesmas as que nos impomos e autoexigimos, sobretudo quando você já tem sua família e tem de conciliar a vida pessoal com a profissional”, afirma Elena.
O sistema educativo e seu papel na vocação dos mais jovens
A experiência pessoal de Thaysa, que cresceu com muito poucas mulheres como referência do setor STEM ao seu redor (somente teve com três professoras na universidade), leva-a a afirmar que nas escolas falta dedicar tempo ao desenvolvimento das habilidades de liderança. Além da aprendizagem de qualidade, que é muito importante, considera necessário empoderar tanto meninos como meninas para evitar que, ao chegar ao mundo profissional, tenham baixa autoestima e até mesmo a síndrome do impostor.
Kristine, contudo, formou-se em matérias STEM assim que entrou no mundo profissional já que quando teve que escolher uma carreira na universidade, a visibilidade das carreiras científicas era mínima e completamente desconhecida para ela e suas colegas, então também afirma que é muito necessário que durante a etapa escolar se proporcionem as ferramentas necessárias às meninas em disciplinas STEM.
Esta falta de visibilidade de mulheres científicas durante a primeira etapa de formação foi a mesma razão pela qual Elena teve de lutar contra os professores que questionavam que uma menina pudesse estudar ciências matemáticas, mas ela lutou pelo seu objetivo e o conseguiu.
Como podemos ajudar meninas que queiram estudar ciências?
Lutar por seus sonhos, dedicar horas ao estudo, esforçar-se para não ficar com vontade e sobretudo fazer tudo com alegria, custou a todas as nossas colegas seus postos atuais.
Para Patrícia, os perfis STEM são e vão ser, tanto na atualidade como no futuro, fundamentais para o desenvolvimento da sociedade, então inclinar-se por este tipo de formação é uma garantia de que você vai poder contribuir ativamente neste mundo tão global e digitalizado:
“A todas aquelas meninas que queiram estudar alguma destas disciplinas, eu diria para não terem medo, que se atrevam, que sejam curiosas, que ninguém lhes faça duvidar de si mesmas já que, se realmente querem ter uma formação STEM, ser mulher não é um impedimento, mas o contrário. Em minha experiência pessoal, estudar uma engenharia em que as mulheres são minoria, não representou nenhum problema e enriqueceu-me muito, tanto pelos laços estreitos que estabeleci com minhas colegas como pelas grandes amizades que ainda conservo hoje em dia com meus colegas.”
A partir de iniciativas em todos os países como o Programa de Desenvolvimento de Liderança Feminina, a criação de conselhos de diversidade ou o Women’s Leadership Network, na MAPFRE queremos promover as profissões STEAM entre as meninas e mulheres, para conseguir assim um futuro mais justo e igualitário.
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