SUSTENTABILIDADE| 11.02.2022
As mulheres na ciência, líderes na luta contra a COVID-19
A cada 11 de fevereiro, celebramos o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Este dia foi escolhido em 2015 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, com o objetivo de alcançar o acesso e a participação plena e igualitária das mulheres e meninas na ciência, bem como buscar a igualdade de gênero e seu empoderamento. Este dia é uma recordação de que as mulheres e meninas desempenham um papel fundamental nas comunidades científicas e tecnológicas, e que sua participação deve ser fortalecida.
Na MAPFRE nos unimos à comemoração deste dia para encorajar meninas e mulheres jovens a escolherem cursos STEM e alcançar a igualdade de gênero, neste campo e em todos os outros. Por ocasião deste dia, entrevistamos quatro mulheres em cursos STEM (acrônimo de Science, Technology, Engineering and Maths), em que comentam como foi para elas escolher este futuro e qual tem sido o melhor conselho recebido ao escolher suas carreiras, encorajando cada vez mais jovens a optarem por este tipo de cursos profissionais.
Como nasce o dia para as mulheres na ciência?
Há sete anos, em 22 de dezembro de 2015, a Assembleia Geral decidiu estabelecer um Dia Internacional anual para reconhecer o papel chave da mulher na ciência e na tecnologia.
A igualdade de gênero há muito tempo é uma prioridade global para a UNESCO e apoiar os jovens em sua educação e em sua plena capacidade de fazer ouvir suas ideias são motores de desenvolvimento e paz. A ciência e a igualdade de gênero são fundamentais para o desenvolvimento sustentável. Nas últimas décadas, a comunidade internacional realizou um grande esforço para inspirar e promover a participação de mulheres e meninas na ciência. No entanto, as mulheres ainda encontram obstáculos no campo da ciência e segundo dados do IEU (Instituto de Estatística da UNESCO), menos de 30% dos investigadores científicos do mundo são mulheres.
Para poder enfrentar alguns dos desafios do século XXI e da Agenda 2030 precisamos aproveitar todo o talento disponível. Isto significa introduzir mais mulheres nestes campos. A diversidade na pesquisa amplia o número de investigadores com talento, o que proporciona uma nova perspectiva com mais talento e criatividade. Este dia é incluído como uma jornada para lembrar o papel chave desempenhado pelas mulheres e meninas nas comunidades científicas e tecnológicas, e que sua participação deve ser fortalecida.
Relatórios recentes da ONU assinalam que milhões de pessoas ficarão sem acesso a serviços de água potável, saneamento e higiene antes de 2030 a menos que o progresso se multiplique por quatro. O incremento na demanda e a má gestão da conservação dos recursos hídricos, exacerbados pela mudança climática, são desafios chave. Por isso, este ano a 7ª Assembleia do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência é centrado no tema: “Equidade, Diversidade e Inclusão: A água nos une”. Esta assembleia reconhece o papel de mulheres e meninas na ciência, não apenas como beneficiárias, mas como agentes da mudança para a consecução do ODS 6: Garantir a disponibilidade de água, sua gestão sustentável e o saneamento para todos.
Mulheres na ciência em números
Ao longo da história, as mulheres lideraram investigações pioneiras em matéria de saúde pública, vacinas, tratamentos e tecnologias inovadoras e, além disso, no contexto atual da COVID-19 trabalharam na primeira linha lutando contra o vírus. Contudo, a brecha de gênero no âmbito da ciência e da tecnologia continua existindo. Como afirmamos acima, apenas 30% dos que investigadores são mulheres, apesar do fato de representarem 45% e 55% do conjunto de estudantes nos cursos de grau e mestrados respectivamente, e 44% nos programas de doutorado. Também é destacável que 70% do pessoal que trabalha no setor sanitário e de assistência social sejam mulheres. Elas recebem uma remuneração inferior à dos homens, concretamente 11% menos, segundo dados da ONU.
Inúmeros são os estudos constatando que as mulheres em cursos STEM publicam menos, cobram menos pelas investigações e não avançam tanto neste campo quanto os homens em suas carreiras. No entanto, encontramos poucos dados a nível internacional que demonstrem o alcance destas disparidades. Por isso, o IEU, através de SAGA, trabalha com organizações regionais para o desenvolvimento de um conjunto de ferramentas com metodologias, indicadores e marcos para produzir dados mais precisos. Por exemplo, elaboraram uma pesquisa que investiga os fatores que impulsionam e os obstáculos que dificultam uma carreira em ciência e engenharia.
Líderes na luta contra a COVID-19
A pandemia da COVID-19 demonstrou o papel chave das mulheres tanto como investigadoras, nos avanços no conhecimento do vírus, até o desenvolvimento dos testes e das vacinas, como de todas aquelas que estiveram lutando na primeira linha como pessoal sanitário.
Ao mesmo tempo, a emergência sanitária também teve um impacto negativo ao ampliar as disparidades de gênero existentes. Afetou especialmente mulheres científicas nas primeiras etapas de sua carreira, o que contribuiu para estender a brecha de gênero existente neste campo. Este fato marca a necessidade de corrigir essas disparidades mediante novas políticas, iniciativas e mecanismos para apoiar as mulheres na ciência. Agora mais do que nunca devemos reconhecer as contribuições das mulheres no âmbito científico para erradicar a discriminação e os estereótipos, e contribuir para seu desenvolvimento.
Na MAPFRE, comprometidos com a igualdade
Na MAPFRE, a igualdade de gênero se refere à igualdade de direitos, responsabilidades e oportunidades de mulheres e homens. A igualdade não pretende homogeneizar, mas reconhecer a diversidade e agir para alcançar os mesmos direitos, oportunidades e liberdades. Significa reconhecer a diversidade de mulheres e homens, e que sejam considerados seus interesses, necessidades e prioridades.
No âmbito deste compromisso, contamos com uma Política de Diversidade e Igualdade de Oportunidades, baseada no respeito pela individualidade das pessoas, no reconhecimento da sua heterogeneidade e na eliminação de qualquer comportamento excludente e discriminatório.
Dentro de nosso trabalho no âmbito da igualdade de gênero e de nosso compromisso com o objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5, Igualdade de gênero, impulsionamos diferentes iniciativas como nossas Redes de Liderança Feminina, implantadas na Espanha, Brasil, Estados Unidos, México, Peru e Turquia, e cujo objetivo é impulsionar iniciativas que contribuam para o avanço em matéria de igualdade na empresa e concretamente para incrementar a presença de mulheres em postos de responsabilidade em que se encontrem subrepresentadas.
Desde 2020, também assinamos os Princípios da ONU Mulheres, a organização das Nações Unidas dedicada a promover a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres, estamos incluídos, desde 2021, no Índice Bloomberg de Igualdade de Gênero (GEI: Global Gender-Equality Index) por nossas políticas e práticas em matéria de gênero, fazemos parte do Target Gender Equality do Pacto Mundial das Nações Unidas, um movimento mundial para acelerar a ação no ODS 5 “Igualdade de Gênero”, e somos uma das 30 empresas espanholas do novo Índice de igualdade de gênero estabelecido por Bolsas e Mercados Espanhóis (BME).
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