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SUSTENTABILIDADE | 28.06.2021

Por que precisamos falar sobre diversidade LGBTI nas empresas?

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O Dia do Orgulho LGBTI está se aproximando, e é uma data para lembrar que alcançamos grandes conquistas, mas que ainda há um caminho a percorrer em relação aos direitos da comunidade LGBTI. A sociedade é diversa e as equipes das grandes empresas, como a MAPFRE, são um reflexo dessa diversidade. Empresas como a nossa desempenham um papel importante na fomentação de um ambiente de respeito para todos os funcionários, e assumimos esse compromisso!

Na MAPFRE, acreditamos que a diversidade é uma aliada e um fator de competitividade devido a importantes oportunidades e benefícios que nos oferece como empresa, além de nosso constante compromisso com a sociedade.

A gestão da diversidade e o desenvolvimento de ambientes de trabalho inclusivos e diversificados, em que se promove a igualdade de oportunidades, a cultura do respeito e o desenvolvimento de talentos baseados no mérito, não são apenas reflexo dos valores da MAPFRE, como a integridade, o compromisso e a vocação de serviço, mas também nos dão uma vantagem competitiva enquanto empresa pelo seu impacto positivo na nossa capacidade de inovação, de prestação um melhor serviço e de adaptação aos diferentes ambientes onde operamos, enriquecendo globalmente a proposta de valor para clientes, funcionários e para a sociedade em geral.

Reflexos desse compromisso são, entre outros, a nossa adesão aos Padrões de Conduta das Nações Unidas para as Empresas LGBTI, realizada em 2020 e , mais recentemente, a nossa entrada na Rede Empresarial pela Diversidade e Inclusão LGBTI (REDI), na Espanha.

A REDI é uma iniciativa empresarial cujo objetivo é apoiar a diversidade e promover a inclusão de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, intersexuais etc. (LGBTI), através de ações de sensibilização, treinamento e consultoria às empresas. Por meio de diferentes iniciativas, a REDI tem como objetivo contribuir para a normalização social e para a eliminação de discriminação e preconceitos socioculturais em relação a esse coletivo facilitando sua integração no ambiente de trabalho.

Por meio desses compromissos, nosso Grupo continua a progredir na contribuição para o décimo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (link de destino), apostando ativamente na redução das desigualdades. Para a MAPFRE, só é possível dar o melhor de si em um ambiente que respeite a heterogeneidade das pessoas e com o qual todos possam contar, contribuindo para o sucesso da empresa.

Depoimento pessoal: separação forçada da vida pessoal e profissional

Óscar Muñoz, cofundador da REDI, compartilhou sua história como membro da comunidade LGBTI em um evento com funcionários da MAPFRE: “Sou um homem gay e, durante muitos anos, pensei que o que fazia na minha vida fora do ambiente de trabalho não era do interesse de ninguém.” No entanto, sua preocupação com os direitos da comunidade começou quando ele percebeu que perdia muitas oportunidades de se relacionar com seus colegas de trabalho, e que isso prejudicava seu desenvolvimento profissional: “Eu não frequentava os jantares da empresa, perdia muitas coisas por tentar evitar falar sobre a minha vida pessoal.”

A realidade é que a comunidade LGBTI, como explica o próprio Óscar, pode encontrar barreiras para se comportar com naturalidade no ambiente de trabalho. Elas podem ser excluídas de coisas tão comuns quanto iniciar uma reunião conversando com seus colegas sobre como eles passaram o fim de semana ou como estão suas famílias. A verdade é que a nossa cultura continua cheia de estereótipos e preconceitos que impedem as pessoas da comunidade LGBTI de “normalizarem” suas vidas. A Espanha é um país relativamente avançado nesse sentido, porque, como se vê no gráfico abaixo, existem muitos países europeus em que uma porcentagem significativa da população sequer pensa que as pessoas LGBTI merecem os mesmos direitos que os demais.

Tal como acontece com outras formas de discriminação (gênero, diversidade funcional ou geracional), podemos achar que tudo já está ganho em termos de direitos para pessoas LGBTI, mas não é este o caso. Vale lembrar que 69 países continuam a criminalizar a homossexualidade no mundo, 9 deles com a pena de morte.

O teto de arco-íris

Se você é abertamente gay, tem colaboração com organizações LGBTI em seu currículo ou é uma pessoa trans, pode enfrentar mais dificuldades para encontrar um emprego. Por isso, o termo “Teto de arco-íris” está começando a ganhar um novo significado para se referir às barreiras que as pessoas dessa comunidade enfrentam no desenvolvimento profissional. Em outra pesquisa com pessoas da comunidade, 86% dos entrevistados disseram que já ouviram piadas, rumores ou linguagem não inclusiva em seu local de trabalho.

Diante desses dados, cabe uma pergunta: o que cada um de nós pode fazer? Em primeiro lugar, nos informarmos. Devemos entender por que as políticas de inclusão ativa são necessárias e apoiar as organizações que lutam pelos direitos dessa comunidade.

Óscar Muñoz enfatizou o papel de gerentes e líderes, pois eles têm a responsabilidade de garantir que haja um ambiente de respeito em suas equipes. Eles também devem se comprometer em buscar resoluções frente a comportamentos não inclusivos, em vez de virar as costas. E, é claro, avaliar o talento apenas com base nos resultados, deixando de lado estereótipos e preconceitos.

Da tolerância à celebração da diversidade

A gestão da diversidade em todos os seus âmbitos — gênero, deficiência, geracional, cultural e LGBTI — contribui para a consolidação de um ambiente em que as pessoas sintam-se integradas, promovendo a igualdade de oportunidades, a cultura do respeito e o desenvolvimento de talentos com base no mérito.

Somente em um ambiente em que se respeita a heterogeneidade das pessoas e em que todos fazem a diferença, será possível dar o melhor de si.

Acreditamos que a diversidade é o grande mecanismo de crescimento, inovação, flexibilidade e adaptabilidade nas empresas. É a chave para a competitividade das empresas e para o desenvolvimento social dos países. Somente com equipes diversificadas e inclusivas poderemos estar conectados com a sociedade.

A MAPFRE está comprometida com a Agenda 2030 e seus 17 ODS, com os quais trabalha para superar importantes desafios relacionados a igualdade, diversidade, justiça, saúde, educação, crescimento e ao planeta. Nossa empresa colabora na divulgação e conhecimento dos ODS e na visibilidade daqueles que são prioritários para a MAPFRE, sabendo que, devido à inter-relação dos ODS, a contribuição indireta do Grupo para a concretização destes desafios é muito maior.