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SUSTENTABILIDADE | 05.08.2024

Economia circular em casa. Por onde começar?

Ariadna Romans

Ariadna Romans

A economia circular é um dos conceitos fundamentais na transição climática. No entanto, como acontece com qualquer conceito, às vezes é difícil aplicá-lo, especialmente quando se trata do âmbito privado, como o lar. Aqui estão algumas dicas para aplicar a economia circular em casa.

Nos debates sobre sustentabilidade, o termo “economia circular” é frequentemente mencionado. Vemos como empresas têxteis a adotam para diminuir sua pegada na indústria, como alguns inovadores reutilizam objetos para dar obter um novo uso e até mesmo projetos que recuperam peças de veículos usados para agregar valor no mercado. No entanto, embora as transformações em alguns setores sejam mais intuitivas e fáceis de implementar, há lugares onde precisamos de mais criatividade.

O que é a economia circular?

A Ellen MacArthur Foundation define a economia circular como “um sistema econômico em que os resíduos são eliminados, tudo é utilizado ao máximo valor possível durante o maior tempo possível e os sistemas naturais se regeneram”.

O conceito de circularidade está estreitamente ligado aos ciclos naturais, em que a noção de desperdício não existe, pois tudo acaba sendo útil. Dessa forma, esta abordagem sistêmica visa implementar estratégias que mantenham esta efetividade e que sejam replicadas da mesma maneira nos processos sociais.

Os três argumentos da circularidade

O desperdício é, portanto, o inimigo a combater. De acordo com o Circular Gap Report 2024, a economia circular está se tornando mais popular, mas não está dando resultados. Exemplo disso são dados como o uso de materiais secundários consumidos pela economia global, que diminuiu de 9,1% em 2018 para 7,2% em 2023, ou seja, uma queda de 21% em cinco anos.

Há três valores principais na economia circular: reciclar, reutilizar e reduzir. O primeiro se refere a usar um excedente ou objeto para lhe dar uma nova vida; o segundo, é sobre utilizar várias vezes o mesmo produto ou objeto para otimizar seu uso; e o terceiro sublinha a necessidade de interromper a fabricação e/ou emprego de materiais que não necessitamos.

No entanto, como vimos, isso não é suficiente. Por isso, algumas empresas têm defendido abordagens mais abrangentes e que impulsionam os 9 R (reduzir, reutilizar, reciclar, redesenhar, recuperar, reparar, rejeitar, remanufaturar e restaurar). Assim, não apenas são cobertos espaços que ficavam difusos com os três erres iniciais, também se busca entender a complexidade e diversidade de aplicações e oportunidades.

Como ter um lar circular?

Apesar da ação estar sempre centrada na escala macro, para envolver a maior parte da população, também é necessário levar em conta o que pode ser feito na intimidade do lar. 

O primeiro passo, e talvez o mais comum, é reciclar corretamente mediante a separação dos resíduos nos recipientes correspondentes. Se quiser avançar na reciclagem em casa, é possível compostar os resíduos orgânicos utilizando composteiras individuais ou comunitárias com os vizinhos. 

Mas isso só não é suficiente. Também precisamos reduzir, por exemplo, o consumo de plásticos, escolher, na medida e capacidade de cada lar, produtos de maior qualidade e durabilidade, assim como ser mais conscientes e responsáveis no consumo de energia e água. 

Finalmente, a reutilização pode ser aplicada na compra de produtos usados, pois contribuem para o máximo aproveitamento. Dinâmicas de empréstimo ou troca de produtos, como ferramentas, roupas ou livros, também podem ser impulsionadas.  Por fim, o apoio a empresas e marcas sustentáveis comprometidas com a circularidade é essencial.

Acompanhar-nos rumo a um futuro verde, sustentável e sem desperdício

O trabalho individual deve estar em sintonia com o das organizações para alcançar uma transformação sistêmica em direção à sustentabilidade. A MAPFRE é uma das promotoras disso, sendo a primeira seguradora a assinar o Pacto por uma Economia Circular do Ministério de Transição Ecológica e Desafio Demográfico do Governo da Espanha.

Além disso, tem impulsionado programas como o programa de formação “Yo Reparo” ou “Second Life”, bem como a promoção do empreendimento sustentável baseado em princípios circulares.

 

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