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SUSTENTABILIDADE| 16.11.2021

“É chave definir cenários e desenvolver modelos preditivos para prevenir e mitigar as consequências da mudança climática”

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Mónica Zuleta, diretora corporativa de Sustentabilidade da MAPFRE participou no ‘Dia das Finanças Sustentáveis’, organizado pela Embaixada Britânica em Madri, no contexto da recente cúpula da COP26.

O encontro foi inaugurado por Hugh Elliott, Embaixador Britânico na Espanha, que valorizou os vínculos muito estreitos entre a Espanha e o Reino Unido em matéria de mudança climática e, especificamente, no âmbito das finanças. Assim, “consideramos muito apropriado realizar este evento”.

Neste âmbito, Mónica Zuleta salientou que “no setor de seguros estamos totalmente comprometidos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com o Acordo de Paris, e obviamente com as novas ambições que propostas na COP”. Ela acrescentou que no setor de seguros “temos a vantagem que, ao agir como investidores e como seguradores, ajudamos a proteger a sociedade e aumentamos nossa contribuição na mudança das sociedades para um modelo de desenvolvimento sustentável”.

Mónica Zuleta mencionou que “uma das vias pelas quais podemos influir é pelo oferecimento de informação. Os estudos sobre a mudança climática levaram ao desenvolvimento de novas ferramentas e modelos de análise. Estas foram desenvolvidas para poder gerar cenários e modelos preditivos, que nos permitem não só garantir que uma vez passada a catástrofe tenhamos a capacidade de reparar e que os projetos possam ir adiante (como é o caso de La Palma), mas também para obter informações que permitam prevenir e mitigar essas mudanças que estão chegando com o clima”.

Do ponto de vista do investimento, indicou que “devemos assegurar que os recursos estão sendo mobilizados e que são analisados com critérios sustentáveis. Contamos com iniciativas orientadas a descarbonizar tanto a carteira de investimento quanto a carteira de assinatura, e acompanhamos nossos clientes nesse processo”. Neste contexto, além do exemplo de Iberdrola, Mónica Zuleta destacou também a responsabilidade da MAPFRE na hora de acompanhar neste processo de transição energética os atores econômicos em países em vias de desenvolvimento, como na América Latina e América Central.

Perante futuro, além de mobilizar recursos para a transição energética, sublinhou a importância de avançar “para a mobilidade sustentável, mobilizando não somente os investimentos, mas a sociedade em seu conjunto, para mudar os modelos de transporte, incentivando os cidadãos no uso de sistemas mais sustentáveis”, e exemplificou com as iniciativas de CESVIMAP neste âmbito. Também perante o futuro, referiu-se à necessidade de avançar no desenvolvimento social, porque a pandemia “atrasou os objetivos da Agenda 2030 em matéria de igualdade e pobreza”.

O debate foi dirigido por Juan Carlos Delrieu, diretor de Estratégia e Sustentabilidade da Associação Espanhola de Bancos, e contou também com a participação de Ana Puente, subdiretora geral de Legislação de Mercado de Valores e Instrumentos Financeiros do Ministério de Assuntos Econômicos e Transformação Digital, Severiano Solana, diretor de Estratégia e Acompanhamento de Sustentabilidade de CaixaBank, e Marta García de Oteiza, Sênior Manager da Área de Bancos Responsável pelo Banco de Santander.