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SUSTENTABILIDADE | 17.02.2025

Iván Ramírez: “Na sociedade, devemos entender que as pessoas são diversas”

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Iván Ramírez é colaborador da MAPFRE México, tem 39 anos e, há 12 anos, adquiriu uma deficiência motora devido a uma lesão medular causada por uma doença chamada mielite transversa. Isso o fez perder a mobilidade em todo o seu corpo. Ele levou um ano para se reabilitar e recuperar os movimentos das pernas, mas ficou com sequelas nos membros superiores, o que resultou em mobilidade reduzida nessas áreas.  

Após passar por uma fase de aceitação e reabilitação, ele se matriculou em um curso oferecido por uma fundação dedicada a capacitar pessoas com deficiência e a conectá-las ao mercado de trabalho. Em 2018, ele se candidatou a uma vaga na MAPFRE, na área de tramitação, e em breve completará sete anos na empresa. 

Como é o seu dia a dia?

O dia a dia no escritório tem sido um processo de muitas mudanças e adaptações. Aprendi a importância do planejamento. Assim, embora enfrente algumas dificuldades maiores do que outras pessoas, e certas situações sejam um pouco mais desafiadoras, organizar minha rotina tem sido de grande ajuda. Gosto de acordar bem cedo e planejar meu dia com base nas atividades mais importantes, para dar prioridade a elas. Quando estou no escritório, sempre que preciso, conto com o apoio dos meus colegas. Desde o início, sempre me senti muito acolhido.

Quais foram os seus maiores apoios?

Minha família tem sido meu maior suporte, especialmente minha mãe e meus irmãos, que sempre estiveram ao meu lado e foram minha principal motivação.

Além disso, outras pessoas com deficiência que conheci também foram um grande apoio para mim. Há algo especial nas experiências compartilhadas, que nos une. São pessoas resilientes, capazes de se adaptar às dificuldades. Sempre ouvimos falar de resiliência, mas desenvolvê-la não é fácil. E digo isso de forma geral, não apenas para quem tem uma deficiência. Vivemos em um mundo em constante mudança, e todos nós buscamos formas de nos adaptar. 

Qual é a tarefa pendente da sociedade para melhorar em termos de inclusão?

Houve uma evolução positiva e, hoje, fala-se mais sobre deficiência e diversidade, mas ainda há muito a ser feito. Para mim, o principal é falar sobre o assunto, informar e conscientizar a sociedade. É isso que precisamos promover. A agenda política e empresarial deve sempre incluir a diversidade como um eixo central. É fundamental criar espaços de diálogo e ampliar a divulgação e conscientização sobre o tema. Isso gera troca de ideias. Na sociedade, devemos entender que as pessoas são diversas. As adaptações feitas em empresas e espaços públicos devem considerar a inclusão do maior número de pessoas possível, entendendo que todos podem viver situações diferentes.

“Vivemos em um mundo em constante mudança, e todos nós buscamos formas de nos adaptar”

Como você viveu a integração na MAPFRE?

Foi uma experiência agradável desde que comecei meu processo na empresa. Sempre me identifiquei com a visão da MAPFRE. Não apenas no nível profissional, mas também no pessoal. Desde o início, houve total disposição por parte de todos os setores da empresa, colegas, coordenadores e diretores, para me acolher com respeito, apoio e compreensão. A visão da MAPFRE é incluir as pessoas com base em suas habilidades, vê-las pelo que podem ser capazes de chegar a desenvolver e não por suas circunstâncias de vida.

Parte dos meus interesses pessoais e dos meus gostos sempre foram os carros, então, quando entrei na empresa, já conhecia mais ou menos o setor. Trabalhar com algo relacionado a isso é, de certa forma, um prazer para mim. 

O que você diria a alguém em uma situação semelhante à sua?

Tudo faz parte de um processo e de uma fase de adaptação. Acredito que, diante das adversidades, os processos são graduais; não dá para esperar que tudo se resolva de um dia para o outro. É preciso buscar oportunidades de mudança e trabalhar muito na transformação. Sei que há circunstâncias que não dependem de nós, mas sempre podemos enxergar a situação sob uma perspectiva diferente. Vejo isso como um desafio pessoal, e acredito que o trabalho individual, assim como o desenvolvimento pessoal e profissional, são indispensáveis.

 

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