SUSTENTABILIDADE | 04.09.2023
Como atuar contra a mudança climática?
“Precisamos encontrar a forma de sincronizar o sistema econômico da nossa época com o frágil ecossistema da natureza“. Luis Prieto, fundador de Piel de Atún e MadBlue.
Chegou a hora de agir. De fato, a revolução rumo a um mundo mais sustentável já começou há anos com ativistas, empresas com consciência ambiental e empreendedores que queriam tornar o planeta um lugar melhor, paliando os efeitos da mudança climática.
Este é o caso de Luis Prieto, fundador da MadBlue e da Fundación Piel de Atún, que conheceremos a seguir.
Como surgiu a Fundação Piel de Atún?
O empresário Luis Prieto se mudou para San Francisco, Califórnia, em 2011 para fazer parte de diversos projetos de inovação em startups. Estes projetos lhe permitiram conhecer um estilo de vida conectado com a natureza e começou a estudar modelos de negócio e iniciativas de comunidades cujo propósito vital era a conservação do meio ambiente através de diferentes disciplinas e indústrias. Em 2016, quando voltou à Espanha, decidiu criar Piel de Atún, uma organização que promove um movimento de conscientização coletiva para ajudar a combater e paliar os efeitos da mudança climática e a perda de biodiversidade e vida submarina, fomentando o uso sustentável dos ecossistemas terrestres e marinhos dentro do marco dos ODS da Agenda 2030 das Nações Unidas.
Através da fundação, impulsionam projetos de inovação tecnológica que contribuem para a transição climática e a descarbonização, projetos de reflorestamento e preservação de parques nacionais e seu ecossistema, bem como a proteção do oceano e sua diversidade.
A fundação se apoia em 3 pilares: projetos, alianças e, desde 2019, MadBlue, o evento anual mais relevante em inovação, ciência e cultura para o desenvolvimento sustentável.
Como um evento como MadBlue pode ajudar o planeta?
A MadBlue apresenta todos os anos em Madri um extenso programa transversal de conferências e debates, experiências, entretenimento e apresentação de empresas com ideias inovadoras de impacto destinadas a mudar a forma em que vivemos.
Durante esta última edição, foram capazes de reunir mais de 70 startups com soluções inovadoras e disruptivas nos setores de Clean Energy, Food Security, Smart Cities e Social Impact.
“Foi um sucesso de convocação e focamos principalmente no aspecto mais transacional para que estes projetos possam encontrar o financiamento necessário através de fundos de investimento ou venture capital e entrar em contato com entidades facilitadoras como aceleradoras públicas e privadas ou diferentes programas como o Projeto Pátio da Comunidade de Madri ou os auxílios do Banco Europeu de Investimentos. Nossa função é ser o ponto de encontro de todos esses agentes para gerar negócios que tragam soluções para os problemas ambientais atuais.” O fundador Luis Prieto nos conta sobre a edição 2023.
Empreendedorismo e sustentabilidade
Na MadBlue, tentam propiciar diferentes disciplinas a favor da causa ambiental, colocando em contato startups com novos modelos de produção, econômicos e sociais, com os agentes públicos e privados que podem contribuir para que esses modelos de negócio mais sustentáveis cresçam e sejam implantados na nossa sociedade. Deste modo, as startups que busquem um modelo de negócio mais sustentável podem encontrar o financiamento que precisam graças à nossa plataforma.
“Em nível global, precisamos encontrar a forma de sincronizar o sistema econômico da nossa época com o frágil ecossistema da natureza, isto é, fazer com que a proteção ambiental seja financeiramente rentável e de alguma forma fiscalmente dedutível.” Opina Luis Prieto sobre como promover a fundação de negócios sustentáveis.
Como a sociedade geral pode contribuir para a conservação do ecossistema?
Para Luís Prieto, é importante que cada um de nós contribua com nosso grão de areia e tente realizar um consumo responsável. Muitas vezes não se trata de escolher apenas marcas sustentáveis, mas de consumir de forma sustentável. O lado educacional também é importante. Os meios de comunicação, a imprensa, as escolas devem dar voz aos cientistas e especialistas no campo da sustentabilidade.
Atualmente há muita incerteza e falta de informação confiável que pode levar a pensar que nossas ações individuais não têm relevância e não podem mudar nada. Mas não é assim: se deixarmos de consumir certos produtos ou começarmos a consumir outros de forma consciente, podemos determinar a viabilidade de empresas que tenham um modelo de negócio de impacto nesta luta contra a mudança climática.
Como impulsionamos esta mudança na MAPFRE?
Na MAPFRE, continuamos trabalhando para oferecer produtos que respeitem o meio ambiente e as necessidades atuais. Desenvolvemos uma estratégia clara a favor da biodiversidade com objetivos para 2030 e ações do nosso dia a dia em favor da economia circular e da reciclagem e, no nosso centro de inovação, pesquisamos novas soluções para viver de maneira mais sustentável.
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