Boas perspectivas para os seguros, se a conjuntura internacional permitir

O serviço de estudos da MAPFRE, a MAPFRE Economics, publicou seu relatório anual Panorama econômico e setorial 2025, no qual aponta suas previsões de atividade macroeconômica e do setor de seguros. Para este ano, as perspectivas são positivas devido à moderação da inflação e à flexibilização das políticas monetárias rumo a níveis menos restritivos nas principais economias. Dessa forma, a economia global avançaria 3,1% em 2025, e uma décima a menos em 2026.

Esse desempenho favorável dos indicadores macroeconômicos se refletirá na economia real e, em particular, no setor segurador, impulsionado por boas condições de financiamento, recuperação do crédito e desaceleração do aumento do custo de vida em grande parte das economias globais, entre outros fatores.

Assim, a MAPFRE Economics antecipa para este ano taxas de crescimento no setor segurador de 4,5% no ramo de Vida e de 4,8% em Não Vida, considerando o volume total de prêmios. Isso representa, no conjunto, uma leve desaceleração em relação a 2024, quando o segmento de Não Vida cresceu 4,3% e o de Vida, 5,3%. Em 2026, a tendência de crescimento continuará, com projeções de aumento nos prêmios de Não Vida de 4,1% e de Vida de 4,4%, segundo as previsões do centro de estudos da MAPFRE.

“Apesar das incertezas, o crescimento econômico e os níveis das taxas de juros favorecerão globalmente o desenvolvimento da atividade seguradora, com boas perspectivas também em termos de rentabilidade, graças à melhoria no desempenho financeiro das carteiras de investimentos”, afirma Ricardo González, diretor de Análises, Estudos Setoriais e Regulação da MAPFRE Economics.

No entanto, o serviço de estudos também destaca um fator que pode desestabilizar a atividade do setor segurador, assim como de outros setores: as disputas internacionais. Esse é o principal motivo dos ajustes para baixo nas estimativas dos próximos dois anos.

“Os riscos que afetam o cenário econômico que projetamos aumentaram devido à incerteza geopolítica e ao risco de uma guerra comercial”, alerta Ricardo González. As novas tarifas alfandegárias anunciadas pelo novo governo federal dos Estados Unidos podem impactar o consumo privado, os investimentos, as taxas de câmbio e a inflação, entre outros fatores, causando possíveis disrupções nas cadeias de suprimentos e nos preços da energia em nível global. Tudo isso poderia prejudicar a evolução da economia e da própria atividade seguradora.

Considerando o período de 2025-2026, a MAPFRE Economics projeta um crescimento global de 4,6% no setor segurador. Por regiões, a principal impulsionadora do crescimento global será a América do Norte, tanto no segmento de Vida quanto no de Não Vida.

No ramo de Vida, a América do Norte contribuirá com 1,7 pontos percentuais desse crescimento, seguida pela China, com 1,1 pontos percentuais, e pela Ásia desenvolvida mais Oceania, com 1 ponto. A União Europeia e o Reino Unido contribuirão com 0,8 pontos; Ásia emergente (sem China), 0,55 pontos e América Latina, 0,4 pontos.

Em Não Vida, o peso da América do Norte no crescimento global é ainda maior, com uma contribuição estimada pela MAPFRE Economics de 2,7 pontos percentuais, em comparação com 0,6 pontos da China, 0,4 pontos da Europa e do Reino Unido e da Ásia desenvolvida e Oceania e 0,3 pontos da América Latina.

Na Espanha, a MAPFRE Economics vê seu potencial de crescimento (2,4% em 2025) acima da média europeia. Esse cenário de bom desempenho econômico, sustentado pelo consumo privado, pela solidez do mercado de trabalho e pela recuperação do crédito ao setor privado, em um ambiente de redução das taxas de juros, continuará impulsionando principalmente o segmento de Não Vida, que já havia crescido robustos 7,8% no ano passado. Em 2025, o serviço de estudos da MAPFRE acredita que os prêmios deste ramo aumentarão 5,1% e 4,4% em 2026.

Você pode ler o relatório completo aqui.

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