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SEGUROS| 15.07.2022

Competitividade, inovação, respeito pela legalidade e impacto social são fundamentais para o sucesso, segundo Martínez Castellanos

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Jesús Martínez Castellanos, CEO da LATAM, aprofunda na experiência da empresa com cerca de 90 anos de história e enorme presença na região, desafios pendentes e em como o setor segurador ajudou outras empresas a dar seu salto para o exterior em uma recente entrevista na Empresa Exterior, coincidindo com o XX Aniversário da publicação.

MARTINEZ CASTELLANOSCompetitividade, inovação, respeito pela legalidade e foco no impacto social e na sustentabilidade são ingredientes essenciais, na opinião de Martínez Castellanos, cuja presença explica o caso de sucesso da MAPFRE -entre outras grandes empresas- na América Latina.

O diretor realça a importância do seguro para a estabilidade das empresas: “Há uma correlação entre o nível de cobertura de seguros e a maior sobrevivência das empresas. (…) Consideramos em seus programas internacionais, no estabelecimento em muitos países, em todas as coberturas de seguros, patrimoniais e pessoais. É um papel que em alguns casos foi mais além da própria atividade seguradora”, assegura.

 

Tecnologia a serviço do cliente

“Produziram-se mudanças relevantes do ponto de vista da digitalização; as empresas têm de oferecer a nossos clientes os processos digitalizados; o uso de dados, o uso de informação, nos permite uma gestão diferente. A automatização de processos; a tecnologia também nos ajudou e gera lucros tanto para as seguradoras como para os clientes”, especifica. 

Na entrevista, confirma a lacuna na entrada do seguro na América Latina, assim como a lacuna seguradora. “A população é muito mais jovem [em relação à Europa ou à Espanha em particular] e os riscos, em geral, estão mais distantes e há menos preocupação. Também há menos profissionais de venda”, detalha.

Em relação às especificidades próprias da região, abunda no desenvolvimento da figura do microsseguro; umas coberturas básicas muito baratas com uma distribuição em massa, que tem uma implantação ali importante, ou os seguros associados com catástrofes.”

MAPFRE, entre as primeiras em sua internacionalização

Em relação à trajetória da seguradora na América Latina, “conseguimos um impacto geográfico muito importante; não há nenhuma seguradora mundial que tenha nosso número de empresas, estamos em 17 países neste momento. Somos líderes em volume de prêmios nos seguros não vida e, na maior parte dos mercados já estamos há quase 25, 30 e até mesmo 35 anos”. Na Colômbia, que foi a primeira, faremos 40 anos em 2024, o qual naturalmente proporciona um amplo conhecimento do mercado, e muita experiência.

Mudança de hábitos = novas oportunidades

Como consequência da transformação nos hábitos dos consumidores e devido ao que acelerou a pandemia, o contato com o cliente e o processo têm de ser digitais. “Temos de dar-lhe a opção. (…) A tecnologia está nos permitindo chegar a pessoas nas quais as redes tradicionais de venda não chegam na América Latina”. Isso vai resultar em redução de preços e os seguros serão mais acessíveis em maior medida, antecipa. 

“Data analytics, o uso do dado -no caso segurador- nos permite, por um lado, ter um conhecimento do cliente e portanto que não seja a apólice igual para todos, mas possamos fazer ofertas especializadas, mas também o conhecimento do cliente vai nos permitir assumir melhor os riscos”, adverte o CEO da LATAM. Cibersegurança ou nova mobilidade são mundos novos nos quais os seguradores terminarão assumindo uma boa parte desses riscos.