INOVAÇÃO| 23.03.2022
O futuro da saúde é digital, colaborativo e constrói-se com confiança
Ganham importância a saúde e o bem-estar, segundo esta análise da MAPFRE Open Innovation (MOi), que passam a ocupar uma posição central na estratégia individual, familiar, social e empresarial. E se aceleram mudanças já em andamento, como a digitalização do setor, o aumento de expectativas do consumidor/paciente, e sua busca de propostas de valor integrais.
Desde que ocorreu a pandemia da Covid-19, mais de 72% da população na Espanha se declara mais preocupada por sua saúde e 87% dos executivos de R.H., de acordo com esta análise, assegura que as doenças relacionadas com a saúde mental aumentaram significativamente entre os funcionários.
Confiança para uma melhor experiência
A demanda dos clientes vai mais além dos serviços médicos tradicionais. Segundo o relatório, a empatia e a confiança se tornaram fatores chave para garantir a fidelidade aos prestadores de serviços de saúde. Um tema cardinal, para o qual já apontam publicações como The Lancet, como um dos fatores decisivos para prevenir as infecções.
Os movimentos dos principais atores (tanto os tradicionais – seguradoras como a MAPFRE, grupos sanitários, farmacêuticas e fabricantes de dispositivos médicos – como novas entradas tecnológicas – startups e gigantes como Amazon, Apple ou Google), a maturidade das novas ferramentas e as reflexões de especialistas apontam para que o futuro da saúde virá marcado por cinco grandes tendências.
Os cinco eixos que marcarão o futuro
- Efervescência: A saúde é o território que todos querem conquistar. Nicolas Monsarrat, responsável pela Saúde na Europa da Accenture deu seu ponto de vista sobre a possibilidade de que um único protagonista pudesse se tornar a Amazon da saúde. “Haverá atores de todos os tipos – grandes e pequenos, públicos e privados, que deverão cooperar”, assegurou.
- Interoperabilidade: A pedra angular da experiência do paciente, em um contexto marcado pela proteção da privacidade sob uma regulação estrita que, segundo o relatório, constitui uma barreira para cidadãos e instituições. “Teríamos de pensar em doar os dados para a ciência”, apontou Luis Martín, CEO de CancerAppy e convidado para o colóquio sobre aceleração da mudança no evento privado da MAPFRE e Accenture.
- Empoderamento: O poder é do usuário, que poderá fazer uso de dispositivos de monitoramento com fins médicos, esportivos ou de bem-estar, e beneficiar-se de avanços na genética que melhorem a prevenção e a medicina individualizada. “Vimos que curando não fazemos o sistema sustentável. A chave está em prevenir”, lembrava Miquel A. Bru, vice-presidente da Made of Genes.
- Personalização: As tecnologias que aproximam a medicina personalizada e de precisão, com a Inteligência Artificial ou a impressão 3. “Precisamos de uma medicina que tenha em conta a conotação genética, nossa individualidade,” afirmava Lluís Montoliu, biólogo e pesquisador do CSIC no Centro Nacional de Biotecnologia, entrevistado no evento The pulse of change onde refletiu sobre doenças raras, avanços e técnicas de edição genômica CRISPR, entre outros temas.
- Home-spitals: A saúde se traslada ao lar, como bem mostrou a pandemia. Este conceito cunhado pelo Fórum Econômico que contrai, em inglês, os termos lar e hospital, reflete o auge da telemedicina. Após a pandemia, é claro, mas não sozinho. Tensões do sistema sanitário, longevidade, necessidade de aliviar alguns custos operacionais e de um tratamento humano, próximo e de qualidade fazem o resto. “O Covid mudou tudo”, reconhece o CEO de Savia. Durante o confinamento, 60% dos usuários da plataforma, iniciou-se em sua primeira experiência com a telemedicina.
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