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INOVAÇÃO| 28.02.2023

Impacto das tecnologias 5G e 6G no atendimento da saúde

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Não há dúvida de que o desenvolvimento das comunicações móveis é uma das grandes transformações do nosso tempo. Desde o início, e até os atuais desenvolvimentos em 5G e o futuro 6G, estes avanços não só afetam a forma como nos comunicamos e acessamos a informação, mas também podem ter um grande impacto no âmbito da saúde, proporcionando ferramentas e oportunidades de mudanças assistenciais. 

Este 2023, e como a cada ano, é celebrado em Barcelona o Mobile World Congress, que este ano se concentra, entre outras temas, na implantação do 5G e evolução para o 6G.

O que são o 5G e o 6G?

Os nomes fazem referência à quinta e sexta geração, respectivamente, de conectividade móvel, uma tecnologia que evolui em diferentes âmbitos, com duas principais áreas: velocidade e latência. Prevê-se que o 6G utilize faixas de frequência mais altas que as anteriores, e uma tecnologia de rede muito rápida, que permitirá oferecer velocidades recorde e uma latência mínima. Isto, simplificando conceitos, permitirá que o tempo entre o envio e a recepção de um dado seja o menor possível, levando a comunicação um passo mais até o “tempo real”, uma característica que, como veremos, tem uma enorme importância quando falamos de medicina e saúde.

Da Internet of Things (IoT) à Internet of Healthcare Things (IoHT)

A rede 5G permitiu a expansão da Internet das coisas (Internet of Things), um conceito que engloba uma infinidade de objetos físicos capazes de se conectar à internet, enviar e receber dados para se manter em comunicação com outros objetos. Estes dispositivos podem ser qualquer coisa: sensores mecânicos industriais ou objetos cotidianos como uma televisão, uma geladeira ou uma lâmpada inteligente. Todos com capacidade de se conectar à internet e interagir sem necessidade de intervenção humana.

Dentro deste conceito, e graças às melhorias em conectividade que permitem redes como 5G avançado ou 6G, podemos falar da Internet of Healthcare Things, onde os dispositivos conectados e as soluções desenhadas têm a ver com o atendimento a pacientes médicos, como nos seguintes casos.

Telemedicina

A conexão de alta velocidade e baixa latência destas tecnologias permite que as imagens médicas e outros dados sejam transmitidos com rapidez e precisão, o que pode ser especialmente importante em situações de emergência. E mesmo em situações mais cotidianas, como o atendimento a pessoas dependentes que não possam se deslocar de sua casa, ou idosas, a possibilidade de uma chamada com vídeo de baixa latência gera mais confiança e melhor atendimento.

Monitoramento remoto

Os pacientes que têm doenças crônicas ou que precisam de acompanhamento constante poderão se beneficiar de um monitoramento em tempo real. Também os implantes que possam se conectar à rede, como válvulas, marcapassos e outros wearables de uso externo, poderão transmitir dados sobre a saúde de um paciente aos profissionais da saúde em tempo real, o que pode permitir uma resposta rápida em caso de qualquer problema.

Realidade aumentada e virtual

Podem ser ferramentas muito úteis para a educação e para o treinamento dos profissionais da saúde, bem como para o tratamento dos pacientes. A conexão de alta velocidade e baixa latência pode permitir a transmissão de imagens em tempo real e a colaboração entre profissionais em diferentes pontos do mundo, e a realização de procedimentos virtuais com maior precisão.

Automatização e robotização

A automatização de certos processos no atendimento médico pode ajudar a reduzir erros e melhorar a eficiência. Por exemplo, os robôs cirúrgicos controlados remotamente podem utilizar a conexão destas tecnologias para realizar procedimentos cirúrgicos de maneira mais precisa, graças à latência praticamente inexistente.

A MAPFRE participou no 4YFN, o evento do Mobile World Congress centrado em startups e inovação, com a presença de Savia, a plataforma online de saúde da companhia. Para conversar sobre o futuro impacto das tecnologias que vimos e da transformação digital do setor saúde, hoje conversamos com Alma Fernández, diretora médica de Savia e diretora de Saúde Digital na MAPFRE.

Savia, nosso serviço inovador de telemedicina

Savia está incluída na aposta da MAPFRE na inovação e na digitalização. É um serviço de saúde online — através de app e web — que oferece consultas com médicos especialistas e de outros ramos da saúde através de chat ou videoconsulta.

Por meio da implementação de ferramentas digitais, Savia permite chegar a mais usuários, acessar um perfil de paciente muito mais exigente e hiperconectado. Mas em Savia não são oferecidos apenas serviços digitais, também contempla serviços presenciais.

O modelo de Savia de pagamento por uso era muito necessário porque é preciso ter em conta que há pessoas que não têm um seguro de saúde, mas que em determinados momentos gostariam de acessar alguns serviços (por rapidez, por comodidade, por horário…) e Savia lhes permite comprar esses serviços, em digital ou presencial.” Alma Fernández nos comenta sobre o modelo de pagamento de Savia.

Os resultados de Savia nos últimos três anos refletem o sucesso desta aposta: mais de 400.000 usuários registrados, 75.000 clientes. E um Crescimento de 2021 a 2022 de mais de +40%.

Segundo dados do estudo “Radiografia da saúde digital na Espanha”, publicados por Savia em fevereiro de 2022, 69% dos usuários declararam que utilizaram serviços de saúde digital nos últimos 12 meses e 79% dos usuários entrevistados afirmam que usarão serviços de telemedicina nos próximos 12 meses.

O crescimento de Savia a partir da pandemia

Savia está há quatro anos presente no âmbito dos serviços de saúde digital, o que quer dizer que grande parte de sua existência foi em tempos de pandemia. A Covid-19 transformou nossos hábitos de forma radical. Atualmente, de uma maneira ou de outra, todos somos clientes digitais e interiorizamos os serviços online como parte do nosso dia a dia. A crescente disponibilidade de dispositivos móveis e o acesso à Internet e às redes sociais fizeram com que muitas mais pessoas realizassem online múltiplas tarefas que não há muito tempo eram feitas de forma presencial, como ir ao banco, fazer compras, etc. E, neste contexto, o cuidado da saúde não é uma exceção.

Nas palavras de Alma Fernández, “a situação provocada pela Covid-19 destacou a importância da telemedicina como novo modelo de assistência e as videoconsultas demonstraram ser uma alternativa efetiva, que facilita o atendimento médico centrado no paciente, e que oferece muitas possibilidades para monitorar e tratar os pacientes de uma forma acessível e segura”.

Vantagens de soluções digitais como Savia

As soluções de e-Health atualmente disponíveis — e as que chegarão no futuro permitirão a implementação da medicina preventiva e preditiva, o que contribuirá, sem dúvida, para uma melhoria na detecção e tratamento integral de doenças crônicas. Estas ferramentas serão concebidas para ajudar e não substituir os profissionais de saúde na tomada de decisões, encurtando os tempos e minimizando os riscos, ao oferecer um maior nível de informação e análise.

“As vantagens da saúde digital para o paciente são inquestionáveis. Com a videoconsulta, evitam-se deslocamentos e permanência em salas de espera. Algo que é particularmente importante no caso de pacientes idosos, com dificuldades de mobilidade ou que habitam em áreas rurais. Além disso, são reduzidos custos. E ao não estar limitados a uma área geográfica específica, a acessibilidade é ampliada para um maior número de profissionais.” afirma Alma.

Desafios na transformação digital do setor saúde

Para a diretora médica de Savia, em primeiro lugar, encontraremos o desafio da segurança. É indispensável um ambiente digital seguro, que garanta a privacidade dos dados. Incorporar plataformas digitais neutras e interoperáveis, nas quais os protocolos de criptografia de informação são cumpridos e que suportem novos serviços digitais, incluindo as últimas tecnologias disruptivas para o cuidado da saúde.

E, em segundo lugar, encontraremos o desafio da acessibilidade. A pandemia acelerou o processo de digitalização em muitos setores. Mas esta rápida transformação digital pode aumentar a lacuna digital e prejudicar especialmente grupos já muito vulneráveis.

Como dizem os especialistas, a tecnologia deve ser criada com o objetivo de melhorar a vida de todos e é responsabilidade das empresas proporcionar soluções digitais, personalizadas, úteis e simples.

 

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