INOVAÇÃO| 21.12.2021
“Não há encantamentos mágicos na hora de desenhar um modelo de Inovação aberta”
Carlos Cendra, o responsável por scouting da MAPFRE explicou o modelo de MAPFRE Open Innovation no evento Demoday Rising Up in Spain, organizado pelo Instituto de Comércio Exterior (ICEX).
Carlos Cendra, responsável por scouting da MAPFRE, explicou o modelo de inovação da MAPFRE (MAPFRE Open Innovation, MOi) durante um webinar organizado pelo ICEX, em que participou com Alberto Pintado, Senior Manager em Indraventures, e Jokin Lopetegui, Chefe de CAF Startup Station.
Cendra comentou as três áreas de Inovação aberta nas quais concentra os esforços MOi: colaboração com universidades, e fez referência a Insurtech Venture Lab, lançado com o IE, a participação da MAPFRE como investidor-âncora em Alma Mundi Insurtech, fundo de capital de risco especializado em Insurtech, e insur_space, o programa “Fast Track to Market” com startups, que lançará sua quarta convocatória no início do próximo ano.
Insur_space apoia startups com a criação de um ambiente favorável para possibilitar a relação com uma grande corporação, agilizando processos, reduzindo tempos, disponibilizando os 26 milhões de clientes da MAPFRE, acesso a dados anonimizados e, certamente, assumindo o custo do piloto até € 100.000. Uma vez finalizados esses projetos piloto, os resultados serão medidos em um período determinado e, dessa forma, será tomada a decisão de sua colocação em produção.
Recebem apoio projetos alinhados com a estratégia e orientados a um design de produto ou serviço relacionados ao negócio da MAPFRE. Em referência ao trabalho de Inovação com as Áreas de negócio da empresa, Cendra menciona que “a nível interno, procura-se um patrocínio ativo dentro das áreas de negócio da empresa. Sponsors comprometidos que invistam tempo, que disponibilizem sua equipe e assumam papéis chave em uma aposta conjunta por determinados projetos”.
No capítulo de lições aprendidas, Carlos Cendra admitiu que não há encantamentos mágicos: é preciso testar, medir e ver o que funciona e o que não. Em relação à parte interna, contar com uma disposição mental que aponte para a inovação, como parte da estratégia global da empresa, e não a utilizar como elemento discursivo, mas “buscar o alinhamento” das iniciativas de inovação com a estratégia da empresa.
Na mesma ordem de ideias, destacou a importância de ser paciente, “porque a construção de uma reputação demora e encontrar pequenas vitórias até que a organização verifique o valor que oferecem suas ações e assim conseguir que, aos poucos, as iniciativas de inovação já façam parte intrínseca da estratégia da empresa”.
“Você precisa contar com uma fotografia clara do tipo de startups que melhor encaixam na organização. Cada corporação tem suas características próprias e, provavelmente, estejamos em diferentes momentos de maturidade de nossos programas. Em consequência, cada corporação pode encontrar semelhanças no tipo de startups com as quais é mais simples lançar colaborações bem-sucedidas, entre outras, seu grau de maturidade tecnológica, nível de financiamento, localização e tamanho da equipe”, continuou. “Há questões culturais, ou de determinados negócios, para as quais não serve qualquer opção”.
É importante, como acontece na MAPFRE, contar com o apoio dos altos executivos para alinhar toda a organização.
A inovação é essencial. Ou você inova, ou está fora; é tão simples quanto isso.