TRANSFORMAÇÃO | 06.03.2020
As novas gerações não querem dar a vida por uma empresa; querem trabalhar em algo que as façam felizes
Victor Küppers es licenciado en Administración y Dirección de Empresas y doctor en Humanidades. Imparte clases en la Universidad de Barcelona y en la Universidad Autónoma de la ciudad condal.
Este holandés de Eindhoven, afincado en la comarca del Ripollés, se dedica a la formación por vocación, y en los últimos años se ha convertido en un conferenciante de referencia en el campo de la psicología positiva. Pero no se considera a sí mismo un experto. Una de sus máximas es que en la vida hay que tratar de ser normal. Reflexiones como estas son las que compartió con nosotros recientemente.
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Em um momento em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) está estudando incluir o Burnout, síndrome de esgotamento profissional, como um problema associado ao emprego ou ao desemprego, Küppers nos faz refletir sobre o que é realmente importante para nós.
Ao se dirigir ao público, ele faz questão de dizer que os conhecimentos ou a inteligência não são tão importantes na vida; o que importa são as atitudes diante das situações diárias. Para ele, o mais importante é ter por perto pessoas resilientes e de bom caráter; pessoas que ganham sua admiração. Isso tem a ver com a qualidade humana, e não com o cargo ocupado nem com a experiência.
Essa síndrome de desgaste emocional, como descrita na nova classificação da OMS, está associada ao estresse crônico no trabalho e é caracterizada por uma despersonalização das tarefas, desgaste físico e emocional e baixo rendimento. Os especialistas estimam que o burnout afeta 10% dos trabalhadores, e a forma mais grave da síndrome atinge entre 2% e 5% deles.
“Eu escolheria as melhores coisas da vida, que são quase de graça.”
Para não ser engolido por esses efeitos, o importante é ser feliz. Embora o termo possa parecer simplista, não deve ser visto assim. Não devemos cair no senso comum de que a felicidade é grátis, como alguns afirmam. Para Küppers, nem tudo que nos faz feliz é de graça. O dinheiro é necessário para o bem-estar. Costumamos dizer que dinheiro não importa. Na verdade, só diz isso quem atingiu um nível mínimo de bem-estar.
O importante é se concentrar em todas as coisas incríveis que não são alcançadas com dinheiro, como o tempo que passamos com nossos filhos ou nossos amigos. Não se consegue a felicidade tendo uma fortuna, a melhor casa ou o melhor carro, nem passando as férias em um lugar paradisíaco. As coisas mais simples são as que nos fazem mais felizes.
A frase “Querer é poder” é muito perigosa. Ela causou muitos prejuízos porque não é verdade. Todos têm suas próprias capacidades e limitações. Portanto, nem todo mundo consegue fazer o que quer
Ele não quer dizer que devemos deixar tudo para trás e renunciar às coisas materiais. O importante é que cada um de nós tenha clareza sobre o que é fundamental, e nos concentremos em encaixar isso em nosso cotidiano.
Vivemos em uma sociedade em que tudo é muito complicado. O nível de estresse e exigência cresceu tanto que, quando atingimos o topo da resistência, nós desmoronamos.
Para Küppers, uma das primeiras preocupações dentro da Responsabilidade Social Corporativa (RSC) de uma empresa deve ser cuidar dos funcionários e garantir que cada um tenha um trabalho que o faça feliz. Ele acredita que uma pessoa satisfeita no trabalho dá o melhor de si.
Terão espaço no presente e no futuro as empresas cujos líderes entendem que sua principal função é administrar a alegria e o bem-estar das suas equipes.
Küppers diz que está confiante nas gerações que estão chegando no mercado; são gerações diferentes, e estamos acostumados a julgar os jovens de acordo com nossos costumes e com o que fazíamos quando tínhamos a idade deles. Quando analisamos os jovens nas faculdades, vemos que são pessoas muito mais determinadas e preocupadas com o entorno. As empresas que se concentram nesses valores e promovem a inter-relação entre perfis e funções serão as que terão mais sucesso no futuro. As novas gerações não querem dar sua vida por uma empresa; querem trabalhar em algo que os deixe feliz e fazer a diferença na sociedade. Para isso, precisam de empresas diferentes.