ECONOMIA| 27.04.2022
Conheça nossa aposta pelos fundos imobiliários ao lado dos líderes do setor
“Me deixe fazer uma pergunta. Vocês sempre escreveram suas músicas?”. Foi assim que começou a conversa entre Michael Jackson e George Harrison no estúdio da BBC Radio 1, no prédio Yalding House, situado no bairro londrino de Fitzrovia. “Bem, John e Paul escreviam antes que gravássemos um disco”, respondeu o ex-Beatle. O ‘rei do pop’, surpreso, perguntou ainda: “Como vocês fizeram isso?“. “Não sei”, acrescentou Harrison. “Eles eram muito espertos”.
O encontro destas duas referências da música teve lugar durante uma série de entrevistas denominadas “Roundtable”, realizadas em 1979 por David “Kid” Jensen, de acordo com os arquivos da BBC. Além de ser testemunha de históricas entrevistas como esta, o edifício foi sede da Biblioteca Central de Música da BBC, que contava com uma coleção de mais de um milhão de discos de vinil, entre 1952 e 2012. Na atualidade, embora a BBC já não seja locatária, este edifício emblemático faz parte da carteira de ativos da MAPFRE incluídos em um de seus fundos imobiliários. Especificamente, em novembro de 2020, o Grupo Segurador comprou este prédio de escritórios de quase 2.700 metros quadrados, seis andares e completamente remodelado em 2016, que abriga a empresa americana Slack e outras companhias, como Russells Solicitors e O&P Management. A transação foi realizada através do fundo SIEREF-GLL, que a MAPFRE lançou com seu sócio-gestor Macquarie (anteriormente, GLL) e que serve para exemplificar a estratégia seguida nos últimos anos que visa diversificar seus investimentos em um ambiente de baixa taxa de juros.
Esta incursão através dos fundos imobiliários, que teve seu início em 2018, também é realizada ao lado dos líderes do setor. Em 27 de abril, de fato, anunciou uma nova aliança com Munich RE para o lançamento de outro veículo de investimento em escritórios ‘prime’ na Europa, que nasce com ativos de ambos os sócios a fim de atrair novos investidores institucionais e que atingirá um volume de 1.000 milhões de euros até 2025.
O percurso da MAPFRE dentro do mercado imobiliário através dos fundos começou há quatro anos, em 2018, por meio de um veículo de coinvestimento juntamente com GLL (atualmente, grupo Macquarie) para investir até 300 milhões de euros em escritórios prime situados em importantes cidades europeias, como Luxemburgo, Hamburgo ou este emblemático edifício de Londres.
Posteriormente, em 2019, o Grupo fechou um acordo com Swiss Life para investir em escritórios prime em Paris. Também, reforçou sua aliança com a empresa suíça mediante a criação de uma Joint Venture (com um volume inicial de ativos avaliados em 400 milhões), cujo objetivo é investir no mercado imobiliário espanhol e italiano.
No total, a MAPFRE comprometeu atualmente um total de 625 milhões de euros através desses e de outros fundos menores, dos quais quase 600 milhões de euros já foram desembolsados.
Outros ativos alternativos
Embora o setor imobiliário possa representar boa parte do investimento total da MAPFRE em ativos alternativos (cerca de 60%), existem outros investimentos que diversificaram o compromisso do Grupo com a rentabilidade no longo prazo.
Em 2020, a MAPFRE e Abante continuaram sua aliança estratégica com a criação, através de Macquarie, de um fundo de infraestruturas de até 300 milhões de euros. Considerado ‘fundo de fundos’, este produto nasceu com o propósito de que os investidores tenham acesso a um tipo de ativo que permita a diversificação de suas carteiras.
Nesta linha, e em conjunto com Abante e Altamar, a MAPFRE lançou no mesmo ano um fundo de capital privado (MAPFRE Private Equity FCR), denominado ‘evergreen’, com a ideia de atender às necessidades das seguradoras e de outros investidores institucionais que devem investir em ativos de muito longo prazo.
Além dos mencionados acima, os investimentos sustentáveis representaram um compromisso adicional do Grupo segurador na busca de ativos alternativos mais rentáveis. Especificamente, em abril de 2021, a MAPFRE assinou um acordo com Iberdrola para investir conjuntamente em energias renováveis e, assim, impulsionar o compromisso da seguradora de incluir os critérios ESG nas análises de investimento.