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ECONOMIA| 14.06.2024

Emoções que atuam contra os investidores e como contê-las

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Investir no mercado financeiro não é apenas uma questão de números e estratégias. As emoções desempenham um papel crucial que pode afetar significativamente o desempenho de um investidor.

O medo, a ganância, a impaciência, a euforia, o arrependimento e o excesso de confiança são algumas das emoções mais comuns que podem levar a decisões irracionais e prejudiciais. Por isso, é importante que os investidores aprendam a identificá-las e, principalmente, a colocá-las sob controle.

O medo

Uma das emoções que mais se repetem na hora de investir é o medo. Trata-se de uma emoção natural que pode surgir em momentos de incerteza econômica ou durante quedas do mercado. Os investidores que agem movidos pelo medo tendem a vender seus ativos em pânico, consolidando perdas em vez de esperar uma recuperação. Este comportamento pode impedir que aproveitem as oportunidades de compra em momentos de baixa avaliação de ativos. 

Como conter o medo:

  • Educação financeira: entender os ciclos do mercado e os fundamentos do investimento pode ajudar a mitigar o medo.
  • Diversificação: ter uma carteira diversificada reduz o risco e pode proporcionar maior segurança em tempos de volatilidade.
  • Planejamento a longo prazo: manter uma perspectiva a longo prazo e lembrar dos objetivos de investimento pode ajudar a superar os momentos de pânico.

A euforia

No lado contrário do medo, temos a euforia. Se o primeiro nos paralisar, nos leva a tomar decisões precipitadas e imprudentes. A euforia pode surgir durante períodos de mercado em alta quando os investidores veem crescer rapidamente o valor de seus ativos. Este excesso de otimismo pode levar à compra de ativos supervalorizados, sob a crença de que os preços continuarão subindo indefinidamente. 

Como conter a euforia:

  • Avaliação objetiva: realizar análises objetivos e fundamentadas antes de tomar decisões de investimento.
  • Moderação: manter a disciplina de não investir todos os recursos em um único ativo ou setor, por mais promissor que pareça.
  • Assessoria: buscar a opinião de especialistas financeiros para obter uma visão mais equilibrada.

A ganância

Com certeza você ouviu o ditado: a ganância é insaciável. Isso não poderia ser mais correto, ainda mais no mundo dos investimentos. A ganância pode levar os investidores a assumir riscos excessivos em busca de altos rendimentos. Esse comportamento é comum durante os mercados em alta, quando as expectativas de lucros contínuos obscurecem o juízo racional. A cobiça pode levar ao investimento em ativos supervalorizados ou em esquemas de alto risco que prometem retornos rápidos.

Como conter a ganância:

  • Reavaliação periódica: revisar regularmente a carteira e os objetivos pode garantir que os investimentos continuem alinhados com a estratégia inicial.
  • Conselho profissional: uma vez mais, é preciso salientar a importância de consultar especialistas financeiros que possam proporcionar uma perspectiva imparcial e evitar decisões impulsivas.

A impaciência

A impaciência é outra emoção que pode sabotar o sucesso de um investidor. A espera de resultados rápidos pode levar a mudanças frequentes na carteira, incorrendo em custos de transação e perdendo o benefício do interesse composto a longo prazo. Os investidores impacientes também podem abandonar estratégias de investimento efetivas antes que tenham tempo de dar frutos.

Como conter a impaciência:

  • Metas realistas: estabelecer metas de rendimento realistas e prazos razoáveis pode ajudar a gerenciar as expectativas.
  • Rotina de investimento: adotar uma rotina de investimento regular e sistemática pode incentivar a disciplina e a paciência.

O arrependimento

O arrependimento pode aparecer depois de tomar decisões que não resultaram como se esperava, levando a uma paralisia por análise ou à tomada de decisões impulsivas para compensar perdas.

Como conter o arrependimento:

  • Aceitação: reconhecer que todos os investimentos envolvem riscos e que é impossível acertar sempre.
  • Aprendizagem: utilizar as experiências passadas como lições para melhorar futuras decisões.
  • Estratégia: manter uma estratégia de investimento bem definida e ajustá-la somente quando for necessário, não como reação a arrependimentos.

    Excesso de confiança

    Em geral, o ser humano tende a pensar que sabe mais que o resto e que não vai cometer os mesmos erros. O excesso de confiança pode levar os investidores a superestimar suas habilidades e a subestimar os riscos. Este sentimento pode resultar na falta de diversificação e na tomada de decisões baseadas em conjecturas mais do que em análises sólidas.

    Como conter o excesso de confiança:

    • Pesquisa: basear as decisões de investimento em pesquisa exaustiva e dados concretos.
    • Feedback: buscar retroalimentação de outros investidores ou assessores para ter diferentes perspectivas.
    • Humildade: reconhecer as próprias limitações e a incerteza inerente aos mercados financeiros. Saber pedir ajuda e contratar os serviços de um especialista financeiro quando for necessário.

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