ECONOMIA| 21.12.2022
Como a MAPFRE transforma seus imóveis em espaços verdes?
Segundo dados das Nações Unidas, muito em breve haverá mais de 8 bilhões de habitantes no planeta. As cidades continuarão crescendo, pois 60% da população se concentrará em zonas urbanas. As moradias também se multiplicarão, e com elas, a poluição.
Números mostrados na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP21) realizada em 2015 em Paris asseguram que o setor da construção comercial e residencial representa 39% do CO2 emitido à atmosfera, gera 30% dos resíduos sólidos e representa 20% da poluição das águas.
Diante deste panorama, surge a necessidade de conceber edificações verdes, eficientes energeticamente e de baixo impacto ambiental. Na MAPFRE, como parte do nosso Plano Corporativo de Pegada Ambiental 2021-2030, temos o objetivo de dispor de uma carteira de imóveis com certificação sustentável que, para 2030, suponha ao menos 50% dos metros quadrados dos edifícios em propriedade para uso de escritórios de mais de 3.000 metros quadrados sobre rasante. Para conseguir isso, priorizamos a aquisição e reformas integrais que cumpram com estes critérios. No momento, 14 de nossos edifícios (um para alugar e o resto de propriedade da MAPFRE) contam com certificação, a maioria LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Isto representa 35,5% da carteira total, considerando que não computa o que está alugado.
LEIAM é o sistema de classificação de edifícios ecológicos mais utilizado no mundo e foi criado pelos EUA Green Building Council. Para conseguir este reconhecimento tem-se em conta o consumo de energia e água do edifício durante sua vida útil, o impacto ambiental dos materiais utilizados durante sua construção, a capacidade de gerar energia in situ e a qualidade do ambiente interno para seus habitantes. A certificação contempla quatro níveis de qualificação: Certified, Silver, Gold ou Platinum. A MAPFRE conta com dois edifícios na categoria mais alta e oito na segunda. Além disso, há outros dois imóveis na Espanha que, ao longo do primeiro trimestre de 2023, possivelmente obtenham o grau gold.
Em 2019 o conjunto de escritórios que se encontram no número 40 da avenida General Perón, em Madri, conseguiu a qualificação gold após uma série de reformas em que se substituiu toda a instalação de climatização e ventilação por um sistema energeticamente mais eficiente, acrescentaram-se pontos de carga para veículos elétricos, melhor tecnologia nos elevadores e substituíram-se todas as torneiras e privadas para otimizar o consumo de água. No total, modernizaram-se 20.500 metros quadrados de superfície sobre rasante distribuídas em sete plantas, duas delas de estacionamento. Todo um símbolo do centro financeiro Azca.
Ainda mais recente, em julho de 2021, o edifício situado no número 30 da avenida Bruxelas, em Alcobendas, conseguiu o certificado Leed platino após uma série de obras similares às de Perón e instalando painéis fotovoltaicos para consumo elétrico próprio. Os escritórios, em pleno coração do parque empresarial Arroyo de la Vega, somam quase 7.000 metros quadrados à carteira de imóveis sustentáveis da MAPFRE. Ambos os edifícios, o do General Perón e Bruxelas, eram propriedade exclusiva do Grupo quando adquiriram a certificação e não figuravam em nenhum fundo. Não obstante, hoje em dia estão dentro de fundos de investimento imobiliários em que participa a empresa, e é esta a que realiza sua gestão.
As novas tecnologias desempenham um papel fundamental no desenvolvimento dos edifícios sustentáveis. Conforme indicam na MAPFRE Imóveis, atualmente tudo é gerenciado mediante novos sistemas e software: os designs, materiais de construção, equipamentos e instalação e medição de consumos. Isto, junto ao fornecimento de energias verdes, está provocando a transformação sustentável da edificação. Atualmente, a empresa usa energia procedente de fontes 100% renováveis na Espanha, Portugal e Alemanha, e este ano instalou-se 4.700 painéis fotovoltaicos na sede em Madri, o que evitará a emissão de 740 toneladas de CO2 anualmente.
Benefícios
O design de edificações verdes tem benefícios econômicos e de reputação. Com as ações vinculadas à obtenção da certificação LEIAM, por exemplo, reduz-se entre 30% e 70% o uso de energia, de 30% a 50% a água e 35% as emissões de CO2. Esta eficiência energética não só permite uma economia, também representa um aumento do valor de aluguel e de venda. Por outro lado, cada imóvel sustentável coloca em evidência o compromisso que tem a empresa com a saúde do planeta, e a certificação oferece um reconhecimento a nível mundial.
Em um setor como o da construção em que os padrões de qualidade são sumamente variáveis, com o desenvolvimento de um processo de Certificação LEIAM, o projeto busca cumprir com uns estritos critérios internacionais de qualidade construtiva que garantirão a sustentabilidade, saúde e bem-estar do projeto. Na tarefa participa a equipe multidisciplinar da MAPFRE Imóveis. Nossos arquitetos, engenheiros, economistas e advogados definem os projetos que fazemos em cada edifício, prevendo que o ativo se revalorize e inclua o componente ESG.
Em concordância com nosso compromisso, a partir da MAPFRE Imóveis estão se realizando novos estudos de viabilidade para a obtenção de certificações “zero emissões” (net zero) em futuros projetos, assim como a avaliação das tendências do mercado imobiliário em relação aos critérios ESG, como podem ser as cláusulas verdes nos contratos de locação.
ARTIGOS RELACIONADOS: